sexta-feira, 8 de julho de 2011

ALF NEWS - GRU


Esse mês, o ALF NEWS entrevistou o presidente do Sindireceita aqui na Alfândega de Guarulhos, o ATRFB Ivan Aleixo da Cunha. Fomos até o ECARG, seção em que ele trabalha atualmente, para lhe fazer as seguintes perguntas:
NOME: “Ivan Aleixo da Cunha”;
IDADE: “64 anos”;
CARGO: “ATRFB”;
TEMPO DE RECEITA: “18 anos”;
TEMPO NESTA ALFÂNDEGA: “13 anos”;
SEÇÃO ATUAL: “ECARG”;
OUTRAS SEÇÕES EM QUE TRABALHOU: “Arrecadação, Licitação, Bagagem (plantão do TPS), Importação, Exportação, e CDM”;
NATURALIDADE: “São Paulo/SP”;
FORMAÇÃO: “Engenharia Mecânica, com especialização em Engenharia Mecânica Automobilística”;
LIVRO: “Porque tantas vezes campeão, de Jan Balder”;
FILME: “Luzes da Ribalta, de Charlie Chaplin”;
PROGRAMA DE TV: “Law and Order”;
TIME: “O Campeão dos Campeões, Esporte Clube CORINTHIANS Paulista”;
LAZER: “Antigomobilismo, plastimodelismo e colecionismo de miniaturas de automóveis e aviões, e muita música boa”;
SONHO: “Viver num mundo sem violência e sem hipocrisias, a bordo de uma Chevrolet Corvette 1958”;
RECEITA FEDERAL: “Reputo como o mais importante órgão do Poder Executivo, em virtude de ser aquele que arrecada recursos para o provimento do bem comum por parte do Governo. Considero ser esta a função mais importante de qualquer governo, dado o seu caráter eminentemente social, e que em nosso país, infelizmente, está relegada a um segundo plano, pois falta-nos saúde pública, ensino público, segurança pública e quase tudo o que deveria ser custeado pela grande soma em valores arrecadados, provenientes de todas as espécies de tributos. O "impostômetro", dispositivo criado para informar a totalidade de tributos arrecadados nas três esferas de governo, no final do ano passado, anunciou a arrecadação da "bagatela" de um trilhão e quinhentos bilhões de reais em tributos de todas as espécies. Diante disso, some-se a exagerada carga tributária à qual estamos submetidos, já que trabalhamos quatro meses do ano apenas para pagar tributos, e a partir do instante em que o contribuinte se vê obrigado a lançar mão de convênios médicos, escolas particulares e até mesmo segurança particular, está criada a condição ideal para a sonegação, fato hoje corriqueiro. A Receita Federal faz a sua parte arrecadando, porém, para onde vai o dinheiro é difícil dizer. No âmbito interno, convivemos com problemas que a administração central da RF, em Brasília, poderia facilmente resolver, desde que houvesse o mínimo de vontade política. Nossas instalações, na maioria dos casos, são precárias e velhas, nossos recursos estão desatualizados, os trabalhos de base, como limpeza e segurança, são terceirizados, as empresas que vencem as concorrências sempre se envolvem em problemas de falta de pagamento dos funcionários, e assim é comum ocorrerem greves entre esses funcionários, privando-nos de seus serviços, aliás, de péssima qualidade. Falta pessoal, estamos sempre sobrecarregados de trabalho, falta treinamento, exercemos muitas vezes mais de uma função simultaneamente, cobrindo uma eventual falta ou férias de colegas, são raros os novos concursos públicos. Estamos longe do ideal, e o que mais nos aflige é saber que, com um pouco mais de empenho e comprometimento por parte do MF, nossa situação seria muito diferente, para melhor. Não há desenvolvimento nem sustentabilidade que resista”;
FRASE: “O que se leva desta vida, é a vida que se leva”;
DESAFIOS DO SINDICATO: “nosso Sindicato vive de desafios, dependendo da época, da necessidade ou da situação. Já transpusemos muitas barreiras que julgávamos quase impossíveis, várias campanhas salariais, nosso nível superior, a carreira típica de Estado, enfim, todo um conjunto de realizações e relevantes conquistas que consolidaram nosso cargo como um dos mais importantes dentro do serviço público federal. Já enfrentamos deputados, senadores, ministros da fazenda e secretários da RF, e em todos os casos, com menores ou maiores graus de dificuldade, saímo-nos muito bem. Nossa Diretoria Executiva Nacional e nosso departamento jurídico, sempre trabalhando com dedicação e muita competência ao longo de nossa existência, já obtiveram resultados expressivos e importantes em questões que significaramaté mesmo a continuidade de nossa existência como cargo. Os principais desafios existirão sempre, pois assim que vencemos uma guerra, logo outra se inicia”;
ALGO A ACRESCENTAR? “Sim, e não é algo fácil de digerir. Não me refiro a todos os colegas auditores-fiscais, mas como é do conhecimento de todos, ao longo de nossa existência na RF, historicamente os analistas tributários são o alvo preferido de insensatas investidas por parte de um outro sindicato, que representa os interesses desses colegas auditores-fiscais da RFB, e que tenta de todas as formas possíveis e imagináveis desacreditar o analista e seu trabalho. Isto resultou em um "conflito de competências" generalizado entre analistas e auditores, cujas verdadeiras origens eu sinceramente duvido que alguém na RF as conheça. Porém, o que mais nos revolta, é que o dito sindicato não tem o menor pudor em gratuitamente atacar-nos, e, em seus devaneios jurídicos, arvora-se em conselheiro-mor não apenas da RF, mas de todo o Serviço Público, posando de senhores da verdade e da virtude, como se fossem deuses do Olimpo. Todas as investidas anteriormente por eles perpetradas em nada resultaram. Seus ataques até hoje resultaram inócuos, nosso cargo continua crescendo e se fortalecendo, estamos cada vez mais presentes e estamos cada vez mais preparados para realizar nosso trabalho. Assim foi quando conquistamos o nível superior, assim foi em 2002, quando do famigerado PLV-15, que se transformado em lei fosse, tornaria extinto nosso cargo, o que não ocorreu graças à edição da MP-46, que não só jogou por terra os objetivos do dito sindicato, como também nos trouxe algum progresso. Outras investidas vieram, rechaçamos todas, e agora, aparece-nos uma ADIN que nos deixa ver com clareza como o referido sindicato deixa em segundo plano a categoria que representa, ou supostamente representa, preocupando-se sempre com o nosso cargo e nossas conquistas, e o quanto estão desvairados. Pretendem seus diretores que retornemos ao segundo grau, alijando-nos do cargo de nível superior, que nosso salário seja "reduzido" e outros absurdos simplesmente impossíveis na prática, sob a alegação de inconstitucionalidade na transformação do cargo de TTN para ATRF. Ora, inconstitucional foi o famigerado af-trem de 1991, e isso jamais foi contestado por ninguém. Não creio que todos os auditores estejam de acordo com tal insanidade, e gostaria de ver a manifestação dos que não estão de acordo, e acredito com grande tranquilidade que esta investida também em nada resultará, graças à competência de nosso sindicato e ao bom senso dos que terão a missão de julgar o fato. Desculpem-me pelo ‘desabafo’”.

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